segunda-feira, 26 de abril de 2010

Obtenção de Biobutanol a partir de Fermentação ABE por Clostridium Acetobutylicum e Clostridium tyrobutylicum


Trata-se de uma das mais antigas formas de fermentação aplicada à indústria. Caiu em desuso, uma vez que a rentabilidade do processo de formação de butanol a partir de petroquímicos bastante maior. O processo tem vindo a ser optimizado, tratando-se cada vez mais viável.
A biomassa constituida por resíduos agrícolas e florestais ricos em açucar e amido, são frequentemente utilizados como alimentação deste tipo de processos.
A fermentação ABE processa-se em duas fases nas quais participam duas bactérias. È a participação destas bactérias que tornam este processo bastante interessante do ponto de vista da valorização de resíduos florestais ou agrícolas, já que estas são capazes de produzir complexos multienzimáticos que processam a hidrólise da celulose.


1ª fase – Acidogénese (C. tyrobutylicum) A glucose é transformada em ácido butírico, CO2 e H2.

2ª fase – Formação de solventes (C. acetobutylicum) Etanol, butanol e acetona.


A recuperação de butanol pode ser feita a partir de destilação, o que implica custos elevados em termos de energia, uma vez que este solvente tem um ponto de ebolição bastante elevado. Existem outros métodos que embora sejam mais atractivos economicamente, não são tão eficientes. Ao nível industrial é frequente optar-se pela integração de outros métodos para além da destilação (extracção líquido-líquido, adsorção, gas-sripping, osmose inversa, perextracção, pervaporação, etc.).
Em termos de resíduos produzidos, o hidrogénio pode ser aproveitado para produção de energia. Parte do CO2 é recirculado no próprio processo, conseguindo-se minimizar as emissões de CO2. Quanto aos resíduos sólidos, deste processo resultam as lamas características da fermentação. Estas lamas poderão ser valorizadas.


Para além do seu potencial enquanto processo de valorização energética de resíduos, trata-se de um processo de obtenção de um biocombustível bastante interessante do ponto de vista de rentabilidade energética.


Por aqui vamos descobrindo um pouco mais acerca deste processo e deste biocombustível.

quinta-feira, 15 de abril de 2010




Resíduos...

aquilo que resta, o que sobra, o que é desperdiçado, o que não se aproveita, aquilo que fica, aquilo que não se consome...

Olhos menos atentos definirão resíduos como lixo, amontoado de materiais aparentemente inúteis, que já esgotaram a sua utilidade.

Para os mais optimistas os resíduos serão uma oportunidade de reaproveitamento de materiais que já deram o seu contributo no ciclo de vida de um qualquer bem consumível. Seja reutilizando, reciclando ou transformando em energia, os resíduos poderão representar uma solução viável quer para a produção de novos objectos, quer para a produção de bioenergia (entenda-se uma energia esverdeada). Num planeta que subsiste à base de ciclos, faz todo o sentido dar continuidade à vida desses materiais já utilizados, e não quebrar o seu próprio ciclo.

Embora mantendo a atitude positiva face aos resíduos, convém não esquecer que alguns deles podem constituir um problema e não uma solução, dado que nem todos os tipos de materiais poderão ser viavelmente encaminhados para processos de valorização, convém por isso, e antes de mais, apostar na sua redução.

Não descuidando deste último ponto, e numa perspectiva de optimismo tipicamente português, apresento-vos então os resíduos mas pouco, deixando um convite para descobrirmos o lado bom dos resíduos.

terça-feira, 13 de abril de 2010


Olá!
Sejam bem vindos a este pequeno sítio de partilha de conversas, opiniões, vontades, cor e algumas curiosidades.